4 Doenças de Pele que mais Matam
A pele é um órgão fundamental para o nosso corpo. Ela tem a função de recobrir e proteger todo o organismo, tendo ainda função no controle da temperatura corporal e na nossa mobilidade.
Mas muitas pessoas não se lembram da importância que a pele tem e mais ainda que ela é um órgão tão vital e tão importante que viver sem ela seria impossível. Ainda que a pele não tenha uma função considerada “nobre” como o coração ou os pulmões, cada parte do nosso corpo tem seu papel no todo.
Por isso mesmo, que doenças de pele devem ser levadas a sério. E alguns deles têm o potencial não só de incomodar ou de dificultar nossa vida. Existem doenças que afetam a pele que e que podem matar.
Isso pode espantar muitas pessoas. Mas conheça as condições dermatológicas que podem matar.
Câncer De Pele
O câncer de pele é uma das doenças de pele relativamente mais comuns no Brasil, país tropical com muita incidência solar. Estima-se que a cada ano sejam registrados 180 mil novos casos.
O tipo de câncer mais comum, o câncer de pele não melanoma, tem mortalidade baixa, mas sem tratamento adequado, ele evolui. Existem ainda outros tipos de tumores que podem matar com maior facilidade e rapidez, tendo uma letalidade muito mais alta.
O câncer surge pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Este crescimento pode ser causado por fatores como tabagismo, predisposição genética, infecção por HPV e feridas crônicas, além da exposição solar, que é o maior causador.
Conheça os principais tipos de câncer de pele:
- Carcinoma Basocelular (CBC): este é o tipo de maior ocorrência, após o tipo não melanoma. Ele surge nas camadas mais profundas da epiderme (camada superior da pele). Ocorre frequentemente nas regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, ombros e costas, mas pode ocorrer em outras regiões em poucos casos. Algumas lesões se assemelham a lesões não cancerígenas, por isso a avaliação do médico é sempre importante em todos os casos de alterações de pele. Tem uma baixa mortalidade e pode ser curado se for detectado precocemente.
- Carcinoma Espinocelular (CEC): ocorre nas células escamosas, que compõem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode ocorrer em todas as partes do corpo, sendo mais comum nas áreas expostas ao sol. Este tipo de câncer é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Sua ocorrência está associada à exposição solar, mas esta não é a única causa. Também pode estar associado a feridas crônicas e cicatrizes na pele.
- Melanoma: tipo menos frequente de câncer de pele, este também é o tipo de câncer com maior letalidade. O melanoma em geral tem a aparência de uma pinta ou um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Mas ela pode mudar de cor, formato ou tamanho e causar sangramento. As lesões podem ocorrer em locais de difícil visualização, como nuca e costas, mas os locais mais comuns são nas pernas, no tronco, no pescoço e no rosto. Nos estágios iniciais a lesão ocorre na camada superficial da pele, o que facilita sua remoção cirúrgica. Em estágio mais avançado, a lesão é mais profunda, com alcance nas camadas mais profundas da pele, o que aumenta a chance de atingir outros órgãos e gerar metástase. Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando expostas ao sol têm maior risco de desenvolver a doença. Embora tenha uma alta letalidade, ela pode ser cura em 90% dos casos, se houver uma detecção e tratamento precoce.
Erisipela
Esta é uma das doenças de pele que ataca a derme, além dos panículos adiposos (tecido celular cutâneo) da pele, com envolvimento dos vasos linfáticos. Ocorre com mais frequência nos membros inferiores e em pacientes da terceira idade, mas pode afetar pessoas de outras idades e com o sistema imunológico deficiente.
Normalmente está associada a um fato conhecido como “porta de entrada”, que podem ser ou uma lesão ou machucado (como por exemplo, uma úlcera venosa, uma picada de inseto, um machucado nas unhas) nos membros inferiores que facilita a entrada da bactéria causadora da infecção.
Os sintomas podem incluir fadiga, mal estar, que surgem dias antes dos sintomas locais. Após alguns dias, surge o inchaço no local afetado, avermelhamento, além de dor e ardência. Podem surgir também a formação de bolhas aquosas ou o escurecimento da área afetada.
A letalidade da doença se deve a falta de tratamento precoce, que faz com que a infecção se espalhe, atingindo a corrente sanguínea e ocasionando septicemia. O risco de infecção generalizada é muito alto, pois os locais e tecidos afetados estão em uma região muito irrigada por vasos sanguíneos.
Esclerodermia
A esclerodermia é uma doença rara autoimune, que afeta o tecido conjuntivo, que dá estrutura e sustenta os órgãos e sistemas do corpo humano. Não é uma doença contagiosa e não há causa conhecida.
Como uma doença autoimune, é ocasionada por um desequilíbrio no sistema imunológico do corpo, que passa a atacar o próprio corpo ao invés de defendê-lo. Sua principal característica é o espessamento da pele, sendo mais comum em mulheres.
A esclerodermia pode ser localizada ou sistêmica. Na localizada, a doença ataca apenas a pele. Na forma sistêmica, a doença afeta além da pele outros órgãos como esôfago, pulmão e rins.
O excesso de colágeno é responsável pelo espessamento da pele. Nesta doença, há geração de tecido cicatricial são produzidos sem razão aparente na pele e nos órgãos internos. O paciente pode ter alteração nas pontas dos dedos, rigidez nas articulações, diminuição da abertura da boca, dificuldade para engolir alimentos sólidos e para respirar.
Esta doença, como muitas outras doenças de pele, possui uma apresentação muito variada de paciente para paciente, tendo casos mais brandos a muito severos. Os casos fatais estão associados à esclerodermia sistêmica grave, onde muitos órgãos internos são afetados, além da pele.
Alergia
A alergia também é uma das doenças de pele que podem matar. Reações alérgicas muito severas podem desencadear choques anafiláticos, que são muito perigosos, principalmente se a pessoa não sabe que é alérgica ou se não procurar atendimento médico imediatamente.
As alergias são reações inflamatórias ou irritativas, desencadeadas por um agente alérgeno, que podem se manifestar em qualquer região do corpo, como braços, pernas, costas, barriga e rosto.
Os principais sintomas são manchas, bolinhas brancas ou avermelhadas, vermelhidão (conhecido como rash cutâneo), coceira e dor. Em casos muito graves, ocorre o inchaço dos lábios e da garganta, dificuldade para respirar, tontura e desorientação, náuseas e taquicardia.
Existe um tipo de síndrome alergia rara conhecida como Síndrome de Stevens-Johnson, que causa lesões graves na pele, olhos e mucosas, além de afetar o trato gastrointestinal e respiratório, causando necrose.
Nem sempre o alérgeno causador é identificável, mas a reação alérgica pode ser desencadeada por remédios, em especial a penicilina e antibióticos, infecções virais ou neoplasias.
A pessoa apresenta lesões avermelhadas, bolhas aquosas, evoluindo para dificuldade de respirar e febre. A reação normalmente é rápida e abrupta e pode evoluir para complicações muito rapidamente, ocasionando a morte.Se você quer saber mais sobre doenças de pele, suas causas e seus tratamentos, fique conosco em nosso site. E para mais novidades, siga-nos nas redes sociais.