Como escolher um Dermatologista?
Ao contrário do que parece, o surgimento da dermatologia moderna teve início para a prevenção de doenças ainda nos séculos XV e XVI na Europa.
O avanço dessa especialidade ocorreu através das práticas estéticas, onde a beleza passou a ter um significado maior do que a manutenção de uma bela aparência: a manutenção da autoestima. O progresso dos tratamentos estéticos permitiram, inclusive, auxiliar nos tratamentos das doenças de pele através de procedimentos menos invasivos, redução de custos e diminuição da dor.
Requisitos para a dermatologia
É considerado dermatologista aquele que concluiu a residência em Dermatologia reconhecida pela CNRM – Comissão Nacional de Residência Médica, bem como também a especialização reconhecida pela SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia, ambos os cursos certificados, sendo o último registrado no Conselho de Medicina do Estado.
Para atuar na área de dermatologia, o profissional, após a obtenção dos certificados registrados, deve ser titular do RQE – Registro de Qualificação do Especialista, emitido pela AMB – Associação Médica Brasileira.
Deve-se atentar para a diferença entre os diversos profissionais atuantes na área da Dermatologia, mas que não são efetivamente considerados dermatologistas pela SBD, como os afiliados e os aspirantes. Os primeiros são os médicos dermatologistas que possuem o registro de especialidade no CRM – Conselho Regional de Medicina do Estado em que atuam, porém não são portadores do TED – Título de Especialista em Dermatologia, emitido pela SBD. Já os segundos, são médicos que ainda estão cursando residência ou especialização, mas que ainda não obtiveram o TED, o que deve ser feito no prazo máximo de 3 (três) anos após a conclusão.
A complexidade do estudo está relacionada à importância da pele, considerada o maior órgão do corpo humano, para a sua perfeita funcionalidade. A residência em dermatologia inclui o estudo de todos os processos fisiopatológicos da pele, desde simples infecções, reações auto imunes e antinflamatórias, o que lhe permite exercer sua especialidade na prática, até a realização de intervenções cirúrgicas, ou mesmo na área de pesquisa.
Algumas intervenções aparentam a necessidade de realização de simples procedimento, porém podem causar danos permanentes se forem realizadas por profissionais não capacitados para tal.
Alguns profissionais se apresentam como especialistas após a conclusão de cursos com carga horária de 360h. Porém, apesar de serem reconhecidos pelo MEC para fins pedagógicos, tais cursos não habilitam esses profissionais para atuarem como especialistas, sendo obrigatório, portanto, o RQE.
O que faz um dermatologista
A Sociedade Brasileira de Dermatologia considera como dermatologista o médico especialista no diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças da pele e seus anexos, como cabelos, pele, unhas, glândulas sudoríparas e tecido subcutâneo, assim como é competente para orientar sobre procedimentos estéticos e doenças sexualmente transmissíveis.
Os problemas mais frequentes tratados pelo dermatologista em sp são: acne, pintas e manchas na pele, sardas, unha encravada e câncer de pele, sendo este último o de maior incidência no Brasil.
Há, ainda, os profissionais que tratam das desordens estéticas da pele, como estrias, rugas de expressão, linhas de envelhecimento precoce, entre outros, através da utilização de técnicas para manutenção da beleza e bem-estar do indivíduo.
Campos de Atuação da Dermatologia
Todas as áreas de atuação do dermatologista são importantes e, não menos relevante, seu aperfeiçoamento e qualificação para desempenhar com seriedade e sucesso todos os procedimentos necessários na prevenção ou tratamento de doenças.
– Dermatologia Clínica e de Prevenção: é o ramo que investiga as doenças e suas formas de prevenção e tratamento.
– Dermatologia Cirúrgica: é o ramo que realiza os procedimentos cirúrgicos para tratamento de doenças na pele ou no tecido subcutâneo ou finalidade estética.
– Dermatologia Cosmiátrica: é o ramo cujas técnicas tem como finalidade a simples manutenção e melhora da aparência da pele através de procedimentos como aplicação de toxina botulínica (botox), tratamentos para acne, manchas e rugas, remoção de tatuagens e depilação a laser, entre outros.
– Dermatologia Oncológica: é a especialidade que identifica os fatores de risco do câncer de pele bem como estuda os tratamentos possíveis para cada caso.
– Dermatologia Hanseniológica: área voltada para o tratamento da hanseníase;
– Dermatopediatria: especialidade que trata do estudo das doenças de pele em crianças;
– Dermatopatologia: área da dermatologia focada no estudo histológico de doenças de pele.
– Onicologia: área que diagnostica e trata das doenças da unidade ungueal, como inflamação e infecção ao redor das unhas, unha encravada, onicomicose, psoríase e até tumores ungueais. Uma simples mancha nas unhas pode significar uma doença grave, como um câncer, e possível de identificação apenas por um profissional competente e especialista na área, como o dermatologista em são paulo.
Quando procurar um dermatologista
Ao constatar qualquer anormalidade ou sinal na pele, como nas outras partes que a dermatologia abrange, deve-se procurar imediatamente um médico para diagnóstico e eventual tratamento.
Os idosos, principalmente, necessitam consultar regularmente um profissional dessa área, uma vez que, com o avanço da idade, o organismo reduz a produção de hormônios e a quantidade de água no corpo, facilitando a ocorrência de traumas na pele que, consequentemente, se torna mais fina.
Como escolher um dermatologista
O primeiro fator a ser considerado na escolha de um dermatologista é verificar se o profissional é, de fato, um especialista na área, ou seja, se possui o RQE. Nesta etapa, é interessante realizar uma consulta nos órgãos de registro ou conselhos de classe para averiguar eventuais denúncias ou investigações contra o profissional.
Comprovada sua habilitação, deve-se observar o local de atendimento deste profissional, considerando as condições de higiene e segurança, autorizações para funcionamento e validade das vistorias exigidos pelos órgãos de vigilância sanitária e ambiental.
É importante considerar, também, a experiência do profissional na sua área de atuação, principalmente quando se trata de procedimentos estéticos. Para os casos mais graves, como câncer, recomenda-se a busca por profissionais com mais experiência no mercado; para isso, colher opiniões diversas sobre o dermatologista torna a escolha mais fácil.
Outro aspecto extremamente importante na escolha de um bom profissional é o valor cobrado para o tratamento, bem como as intervenções milagrosas que alguns podem oferecer para aquele caso específico. Em alguns casos, determinados procedimentos são desnecessários e podem oferecer risco ao paciente, prejudicando sua saúde e lesando-o financeiramente e desnecessariamente.
Um bom profissional irá sempre alertá-lo quanto aos eventuais riscos do tratamento, bem como oferecer todo e qualquer suporte em todas as etapas do tratamento, seja ele clínico, cirúrgico ou estético. Ele deverá apresentar toda a equipe médica que o acompanha e estes devem, assim como ele, serem registrados nos respectivos órgãos de classe bem como suas especializações e experiências individuais.
O profissional escolhido deve ser aquele que, além de competência e habilidade para tratar o paciente, atende de forma humanitária aquele que o procura, independente do caso. Educação, humildade e atenção no pré e pós-tratamento são fundamentais e qualificam o profissional tanto quanto sua capacidade na solução do problema.